Matéria publicada no dia 02 de março de 2021, no jornal Gazeta do Povo, do Paraná, apresentou uma série de denúncias contra uma empresa que, segundo o texto, estaria criando e instrumentalizando ONGs para captarem recursos com o objetivo de manter o estilo de vida luxuoso dos donos da instituição com fins lucrativos. O título do artigo, porém, inverte a situação e diz que ONGs usam comoção para sustentar negócio lucrativo e luxos de fundadores.
A ABCR alerta para a importância que a imprensa, e a mídia em geral, retrate em seus veículos os fatos de acordo com o que eles são, de forma objetiva e sem generalizações, evitando prejudicar a imagem de um setor que existe em razão das causas e para gerar impacto positivo no país.
No caso da matéria, se os fatos ficarem comprovados, o que se observará é um grupo de pessoas inescrupulosas que terá se utilizado da boa vontade de milhões de doadores em todo o país para desviar recursos para ganho pessoal, e não um setor inteiro que agiria dessa maneira.
Durante o texto é possível observar também comentários críticos e sem embasamento sobre técnicas tradicionais de captação de recursos, como a mala direta, que são realizadas de forma séria e cujos resultados contribuem para o desenvolvimento de milhares de iniciativas de alto impacto social e ambiental em todo o país.
A matéria também faz menção ao fato das doações não serem regulamentadas no país, quando na verdade o são e de forma bastante negativa: há um imposto que taxa as doações filantrópicas (realizadas para ONGs), o que faz do Brasil um dos poucos países no mundo a cobrar de quem recebe doações.
A regulamentação de que carecemos, na verdade, é aquela que estimule ainda mais doações de impacto, possibilitando que brasileiros e brasileiras de todo o país escolham suas causas livremente, inclusive com a possibilidade de doar tendo incentivos tributários para isso.
No que diz respeito às ONGs, a ABCR recomenda a todos doadores e doadoras que façam suas contribuições especialmente para organizações em que conheçam e confiam, fazendo questão de acompanhar como elas investem os recursos recebidos, e o quão transparente são em relação a isso. Boas recomendações de gestão e transparência incluem um conselho fiscal atuante, a publicação dos balanços anuais nos sites das instituições, de auditorias financeiras, do nome dos membros do Conselho de Administração (ou diretoria voluntária, quando for o caso), e de relatório anual de atividades, além de eventuais prêmios e certificações que a instituição detenha, dentre outros critérios.
Já para nossos associados, e demais profissionais de captação em todo o país, recomendamos que não contratem fornecedores sem conhecer e ter a garantia da sua idoneidade, da observância das boas práticas de gestão, e de seu comportamento ético na mobilização de recursos e engajamento de doadores e doadoras.
O artigo, publicado no diário Gazeta do Povo, está disponível para ser acessado neste link. Caso não consiga ler o texto na íntegra, uma versão em PDF está disponível acessando aqui.
Fonte: captadores.org.br
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